O senador Delcídio do Amaral (PT-MS), preso no
último dia 25 acusado de obstruir a operação Lava Jato, decidiu fazer um acordo
de delação premiada, após se sentir abandonado por seu partido, segundo
reportagem no site do jornal Folha de S. Paulo nesta terça-feira.
Mais cedo nesta terça, a coluna Radar, da Revista
Veja, publicou em seu site que Delcídio teria começado a negociar um acordo de
delação premiada.
Ex-líder do governo no Senado, Delcídio foi o
primeiro senador preso em exercício de mandato no Brasil. Ele foi denunciado na
segunda-feira pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal
Federal (STF), disse uma fonte à Reuters.
De acordo com a Folha de S. Paulo, Delcídio teria
contratado o advogado Antonio Augusto Figueiredo Basto, que cuidou da delação
premiada do doleiro Alberto Yousseff e de outros réus da Lava Jato, que
investiga esquema bilionário de corrupção envolvendo a Petrobras.
Delcídio teria negociado oferta de fuga ao
ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró em troca de
silêncio nas investigações e teria oferecido interferir politicamente em favor
do ex-diretor da Petrobras.
Com base em documentos do Ministério Público
Federal, Delcídio teria oferecido ainda ajuda financeira mensal de 50 mil reais
à família de Cerveró. O pagamento, segundo o MPF, seria feito pelo banqueiro
André Esteves, ex-presidente e ex-controlador do BTG Pactual e também preso
desde 25 de novembro.
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