sábado, 4 de julho de 2015

Senadores defendem políticas públicas para população carente em Roraima


A exemplo do que acontece no restante do país, jovens negros e pobres são as maiores vítimas da violência na capital Boa Vista e no interior de Roraima. No estado, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes na faixa etária de 0 a 19 anos de idade registrou crescimento de 356%, de 2003 a 2013, número que chamou atenção da CPI do Assassinato de Jovens.

Nesta sexta-feira (3), a comissão esteve na Assembleia Legislativa onde realizou audiência pública para debater o problema, a pedido dos senadores Telmário Mota (PDT-RR) e Ângela Portela (PT-RR). Também participaram a presidente da comissão, Lídice da Mata (PSB-BA), e o relator, Lindbergh Farias (PT-RJ).

— Em nível nacional, Roraima não é estado marcado pela violência, mas o destaque foi o aumento da criminalidade nos últimos dez anos, em índice maior que a média nacional. Por isso foi importante ouvir autoridades locais e a sociedade civil — afirmou Lídice.

Parlamentares e convidados defenderam mais investimentos em políticas públicas de prevenção à criminalidade. O senador Lindbergh Farias, por sua vez, classificou de "absurda" a situação de violência hoje no Brasil.

— Para um país que avançou tanto e teve tanta inclusão social, mais de 56 mil homicídios por ano é algo absurdo. É como se o Brasil não estivesse vendo isso, sem dirigir políticas públicas mais concretas voltadas para esses setores. E, quando a gente fala dessas vítimas significa que o sinal foi dado antes, pois a maior parte desses jovens abandonou a escola e tem problemas na família — lamentou.

Maioridade

Já o presidente da seccional roraimense da Ordem do Advogados do Brasil (OAB), Jorge da Silva Fraxe, reclamou da recente decisão da Câmara a favor da redução da maioridade penal, de 18 para 16 anos, nos casos de crimes hediondos como estupro, extorsão mediante sequestro, latrocínio e homicídio qualificado. Para ele, a decisão teve "viés eleitoreiro" e vai contribuir ainda mais para a "carnificina de jovens".

A senadora Ângela Portela também disse não concordar com a diminuição da idade. Para ela, uma das saídas está em mais investimento na educação.

— A população quer políticas públicas para diminuir esses altos índices de criminalidade. A redução da maioridade penal não resolve; apenas qualifica o crime. A educação é uma porta para parar o crime. Na minha opinião, o ECA [Estatuto da Criança e do Adolescente] precisa ser cumprido — defendeu.

Ipea

A Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga o assassinato de jovens no Brasil foi instalada em 6 de maio e tem 180 dias de prazo para funcionamento. Roraima foi o primeiro estado visitado pela CPI, que ainda deve visitar Rio Grande do Norte, Bahia e Rio de Janeiro.


O próximo encontro da comissão será na segunda-feira (6), para outra audiência pública. Desta vez, para receber representante do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).  A reunião será às 19h30.

Prefeitura de Retirolândia inaugura Academia de Saúde

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No início da noite de sexta-feira (03) já em clima de São Pedro, o prefeito André Martins (PSD) inaugurou, juntamente com sua equipe, uma Academia da Saúde construída no local onde funcionava o antigo Centro de Abastecimento abandonado há mais de 20 anos.
Segundo o prefeito, a obra que teve um investimento de R$ 300 mil é mais uma conquista para o povo de Retirolândia. “Graças a Deus e ao trabalho com responsabilidade que desenvolvemos, conseguimos concluir mais uma das inúmeras obras que está mudando a cara de nosso município. O nosso povo merece esse espaço de lazer que sem dúvida irá proporcionar mais saúde a nossa população”, destaca André Martins.
A Praça conta com equipamentos para o desenvolvimento de atividades físicas, área ampla e uma pista de Skate para alegria dos jovens e adolescentes skatistas do município que antes não tinham um espaço adequado para a prática do esporte.

Redação CN

Aprovado na CAS projeto que cria auxílio doença de familiares


A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou, nesta quarta-feira (27), o Projeto de Lei do Senado (PLS) 286/14, que cria mais um tipo de benefício da Previdência Social, o auxílio doença parental. A matéria é terminativa na comissão.

De acordo com o projeto, será concedido auxílio-doença ao segurado por motivo de doença do cônjuge, dos pais, dos filhos, do padrasto, madrasta, enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste da sua declaração de rendimentos. O auxílio se dará mediante comprovação por perícia médica, até o limite máximo de doze meses.

A autora do projeto, senador Ana Amélia (PP-RS), afirmou, na justificativa à proposta, que a matéria busca dar tratamento isonômico aos segurados do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) em relação aos segurados dos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS). Segundo ela, a regra em vigor no RGPS prevê o benefício somente àquele que sofreu uma lesão incapacitante ou que tem um problema psiquiátrico.

— Parece existir então o que se chama de proteção insuficiente no que concerne aos segurados do regime geral, o que não se pode permitir — disse no texto.

Ana Amélia ainda explicou que o pagamento do benefício nos moldes defendidos seria uma forma de economia aos cofres públicos, já que a presença do ente familiar pode auxiliar em diversos tratamentos e diminuir o tempo de internação do paciente.

A relatora, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), salientou que há duas classes de segurados, os do Regime Próprio com direito ao auxílio-doença parental e os do Regime Geral sem este direito, embora sem vedação expressa. A proposta, a seu ver, corrige essa omissão.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)