Reportagem da revista
Veja do último fim de semana evidencia o propósito da Operação Lava Jato, da
Polícia Federal, em sua nova fase. O objetivo da força-tarefa comandada pelo
juiz federal Sergio Moro é obter elementos para a eventual prisão do
ex-presidente Lula e o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
De acordo com a
reportagem, assinada pelos jornalistas Rodrigo Rangel, Robson Bonin e Bela
Megalle, o juiz Moro corre para soltar até março as primeiras sentenças de
prisão dos empreiteiros que estão reclusos preventivamente há quase três meses
no Paraná.
Uma vez condenados,
eles terão mais dificuldades para recorrer em liberdade e poderão passar vários
anos atrás das grades – uma ameaça velada que tem sido repetida no cárcere
paranaense. Nesse ambiente de terror, a aposta é que alguns empreiteiros farão
delações premiadas. E o objetivo dos investigadores é chegar ao ex-presidente
Lula e também a Dilma Rousseff.
Por isso mesmo, um
dos focos é tentar obter uma delação premiada da empreiteira baiana OAS, tida
pela força-tarefa da Lava Jato como uma das mais próximas ao ex-presidente
Lula.
A reportagem relata
desabafos de personagens como José Adelmário Pinheiro, o principal executivo da
empreiteira, e de Agenor Medeiros, seu diretor internacional. No entanto,
aponta que o personagem escolhido pela OAS para fazer sua delação premiada é
Ricardo Breghirolli, que seria o "homem da mala" da OAS.
A mesma reportagem
também cita o caso da prisão de José Sócrates, ex-primeiro-ministro português,
evidenciando que o objetivo é constranger o ex-presidente Lula, que é também
pré-candidato do PT à presidência da República em 2018.
Em outra frente,
aposta-se também na delação premiada do empresário Ricardo Pessoa, acionista da
UTC Engenharia. Neste caso, com o propósito de atingir a presidente Dilma
Rousseff. Segundo o texto, Pessoa estaria estudando vincular doações oficiais à
campanha de 2014 a empréstimos oficiais. De acordo com a reportagem, o atual
presidente do BNDES, Luciano Coutinho, teria sinalizado que faria um
financiamento a uma empresa do grupo, mas alertou que Pessoa seria visitado
logo depois por Edinho Silva, tesoureiro do PT – Coutinho nega.
A revista também
relata que o jurista Ives Gandra Martins foi contratado por um pool de
empreiteiras para produzir um parecer em que defende o impeachment da
presidente Dilma Rousseff. Gandra diz ter sido contratado por um advogado
amigo.
A mesma reportagem
também envolve o ex-ministro Antonio Palocci. O motivo é a atuação de Juscelino
Dourado, um dos seus braços direitos, na empresa Estre Ambiental, controlada
pelo BTG Pactual, que, segundo Paulo Roberto Costa, também teria pago propina a
ele. O clima esquenta e os novos alvos da Lava Jato são Lula e Dilma. (brasil
247.com)
Fonte: The Brazilian Post
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